sábado, 22 de março de 2008

A invenção do Cristianismo parte 2

A tradição de Jerualém

Os estudiosos modernos começam a reconhecer a grande divisão entre o mundo dos Evangelhos e o mundo das Epístolas. Eles postualm que o que aconteceu em resposta ao "ministério de Jesus" na Galiléia ficou separado do que ocorreu em resposta à "morte" dele em Jerusalém, já que as duas tradições aparentemente não têm nada em comum. O documento que supostamente relata a carreira de pregação de Jesus nas cidades e no campo de sua província natal (o documento "Q" espalhado em Mateus, Lucas e do evangelho de Tomé), não fala nada sobre ele ir a Jerusalém ou sobre o que teria ocorrido com ele lá. Não há referência à morte e ressureição e nem à figura de Jesus no papel de salvador. No outro lado da divisão, a mensagem "kerygma" (proclamação) de apóstolos como Paulo, que andavam pelo império pregando o Filho de Deus, não fala nada do ministério na Galiléia. As epístolas de Paulo não falam nada de ensinamentos, indicação dos apóstolos, nem detalhes biográficos do Cristo Jesus. Elas focam inteiramente no Filho Espiritual e a redenção pela morte sacrifical e ressurreição. As epístolas nunca falam de um contexto histórico terreno.

Um útimo passo deve ser dado. Ambos os lados da divisão devem ser separados totalmente, e considerados como tendo sido unidos artificialmente pela primeira vez no Evangelho de Marcos.

A tradição da Galiléia

Entre Jerusalém e a Galiléia existe uma distância de somente 120km. Não muito distante para um profeta intinerante viajar, especialmente se acompanhado de um grupo de seguidores. A jornada poderia ser realizada confortavelmente em poucos dias. Mas em toda a literatura da Tradição de Jerusalémnão se encontra nenhuma menção de Jesus ter feito esta jornada. Antes dos Evangelhos terem sidos adotados como história, nenhum texto jamais menciona ele ter ido a Jerusalém.

Na Galiléia havia um movimento que pregava o reino de Deus. Uma importante parte desse relato está no antigo e perdido documento "Q", que foi extraído por estudiosos modernos dos evangelhos de Mateus e Lucas, e que também aparece no Evangelho de Tomé. No momento em que a coleção de ditos e contos do documento Q foram incluídos aos evangelhos por Mateus e Lucas em cima do texto do Evangelho de Marcos, referências a uma figura que originou os ditos e contos, fazedor de milagres e profeta apocalíptico podiam ser encontrados naquela coleção do Q. Se essa figura era chamada de Jesus é impossível dizer. O próprio documento Q sofreu uma evolução. Pode-se mostrar que o documento Q contém camadas de materiais diferentes, que aparentemente foram adicionados ao documento de tempos em tempos, e assim presume-se que o documento passou por revisões.

O quebra-cabeça de Jesus: os 12 fatos que minam o Novo Testamento

1 - Jesus de Nazaré e a história do Evangelho não são encontrados em escritos cristãos anteriores aos evangelhos, e o primeiro deles (Marcos) foi escrito somente no final do primeiro século.

2 - Não existe nenhum texto não-cristão sobre Jesus de antes do século 2. As referências de Flavius Josephus (final do primeiro século) podem ser descartadas como falsificação posteriormente inseridas por cristãos.

3 - As primeiras epístolas, como as de Paulo e dos Hebreus, falam de Cristo como um ser espiritual, revelado por Deus pelas escrituras, e não se referem a ele como um homem que tenha vivido há pouco tempo antes. Paulo é parte de um novo movimento de "salvação" e age baseado em "revelações" recebidas do Espírito.

4 - Paulo e outros primeiros escritores puseram a morte e ressureição do seu Cristo no mundo mítico/sobrenatural, e derivam suas informações sobre esses eventos, da mesma maneira que outras informações do seu Cristo espiritual, das próprias escrituras.

5 - Os antigos viam o universo como sendo dividido em camadas, matéria abaixo e espírito acima. O mundo mais alto era considerado superior, a realidade genuína, contento processos espirituais e equivalentes espirituais às coisas terrenas. O Cristo de Paulo opera dentro desse sistema espiritual.

6 - Os cultos de mistérios pagãos desse período adoravam divindades "salvadoras", as quais também tinham realizado atos de salvação que ocorriam do mundo mítico/sobrenatural, não na terra ou na História. O Cristo de Paulo divide muitas características com estas divindades.

7 - O conceito religioso-filosófico proeminente da época era o do Filho que intermediava, um canal espiritual entre o Deus máximo transcental e a humanidade. Tais conceitos de intermediação como o Logos Grego, e Sabedoria Judaica foram modelos para o Cristo espiritual de Paulo.

8 - Todos os evangelhos derivam sua história básica de Jesus de Nazaré de uma fonte: o Evangelho de Marcos, seja lá quem for o seu autor. Os Atos dos Apóstolos, um relato do começo do movimento cristão apostólico, é um mito inventado no segundo século.

9 - Os evangelhos não são relatos históricos, ele são construídos através do processo de "midrash", um método judeu de retrabalho de passagens bíblicas antigas e contos para refletir novas crenças. A história dos julgamento de Jesus e crucificação é uma colagem de versos das escrituras.

10 - O documento "Q", uma coleção perdida de dizeres extraída de Mateus e Lucas, não faz referência à morte e ressurreição e pode ser demonstrado que não teve Jesus na sua origem, origem que era definitivamente não-judaicas. A comunidade "Q" pregava o reino de Deus, e suas tradições foram posteriormente atribuídas a um fundador inventado, o qual era ligado ao Jesus espiritual de Paulo no Evangelho de Marcos.

11 - As primeiras variações de Seitas e Crenças sobre um Cristo espiritual mostra que o movimento começa com uma multiplicidade de grupos independentes e espontâneos, baseados na religião e filosofias da época, não como resposta a um indivíduo único.

12 - Mesmo no segundo século, muitos documentos cristãos não contém ou rejeitam a noção do homem humano como um elemento da sua fé. Apenas gradativamente o Jesus de Nazaré apresentado nos evangelhos chega a ser aceito como histórico.

Referência: "The Jesus Puzzle", Earl Doherty, Age of Reason Publication

segunda-feira, 17 de março de 2008

Salmo 104 e o hino egípcio a Rá

Vejam mais um exemplo de plágio bíblico. O salmo 104 é semelhante ao hino egípcio a Rá. Além disso o salmo 104 é o único texto de toda a bíblia que compara deus com o sol.
Leia a comparação no link a seguir:

http://kemet.250x.com/psalm104.html

E que tal o Salmo 23 e o hino a Osíris-Amum, o bom pastor? O vale da sombra da morte,o nefer-nefer, até o Amen! Tudo veio do hino a Osiris...

sexta-feira, 14 de março de 2008

Novas teorias sobre Moisés

Existem algumas teorias sobre Moisés que são interessantes. Há quem diga que ele nunca existiu, há quem diga que ele era o faraó Akenaton e a mais nova delas, que ele era viciado. Sim, isso mesmo. É por isso que ele via Deus, ele tomava um chazinho de acácia. Boa explicação, é por isso que tinha tanta gente alucinando e profetizando naqueles tempos bíblicos... O cara podia induzir uma alucinação por meio de drogas e "profetizar" sem ter que fazer muita força para ter criatividade... Esqueci de falar desse tipo de alucinação no meu post anterior...

Leia a notícia completa em

http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI2654721-EI312,00.html