"Flavius Josephus é o mais famoso historiador judeu, especialmente porque ele escreveu durante o primeiro século. O pai dele, Matthias, foi um reputável e estudioso membro de uma família sacerdotal , e viveu em Jerusalém contemporâneamente com Pilates. Certamente ele teria contado ao seu filho historiador sobre os bizarros e gloriosos fatos descritos nos evangelhos, se eles tivessem ocorrido há apenas alguns anos antes. O próprio Josephus foi nomeado para a Galilea durante A Guerra dos Judeus e esteve em Roma ao mesmo tempo em que Paulo supostamente estava incorrendo na ira das autoridades sobre si e sua comunidade de Cristãos. No entanto, em todos os trabalhos de Josephus, que constituem vários volumes com muitos detalhes sobre centenas de anos de história, não há nenhuma menção a Paulo ou os Cristãos, e há apenas dois pequenos parágrafos que parecem se referir a Jesus. Apesar de muito ter sido falado sobre essas "referências", elas têm sido descartadas tanto por pesquisadores quanto por apologistas Cristãos como falsificações, como também o foram as referências a João Batista e Tiago , "irmão de Jesus". Não menos do que uma autoridade, o Bispo Warburton de Gloucester (1698-1779) rotulou a interpolação de Josephus sobre Jesus "uma falsificação viçosa, e muito idiota também". Sobre Josephus e esta falsificação idiota, Wheless diz:
O fato é que, com excessão desta incongruente passagem forjada, seção 3, o promovedor-de-milagres Josephus não faz nem a menor menção do seu coterrâneo fazedor de milagres Jesus o Cristo - porém faz de vários Josués e Jesuses - e nem faz tampouco nenhum relato dos milagres de Jesus... A primeira menção já feita dessa passagem e o seu texto foi na História Eclesiástica, daquele "escritor muito desonesto", Bispo Eusébio, no século quarto... D. C. até a [Enciclopédia Católica] admite... que a passagem citada acima não era conhecida de Origenes nem dos outros escritores patrísticos anteriores.Wheles, um advogado, e Taylor, um ministro, concordam com vários outros, incluindo apologistas cristãos como o dr. Lardner, que foi o próprio Eusébio que forjou as passagens no livro de Josephus. De qualquer maneira as passagens são fraudulentas, deixando seus longos escritos sem a estória de Jesus Cristo. Sobre esse vazio, Waite pergunta:
...porquê Josephus não faz nenhuma menção ao Jesus chamado Cristo? ...É verdade que Josephus não era contemporâneo de Jesus, já que ele havia sido crucificado na época que se supõe. Mas durante a administração de Josephus na Galiléia, a terra devia estar cheia de tradições sobre o Galileu Crucificado. Mas só havia passado uma geração e a fama de Jesus se espalhando por outros países, não teria se espalhado também na Galiléia? Paulo foi contemporâneo de Josephus, e nas suas viagens, se é que se pode confiar nos Atos dos Apóstolos, dele deve ter cruzado o caminho do pregador judeu e magistrado mais de uma vez.
Assim Josephus está em silêncio a respeito de Jesus e do Cristianismo.