quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Falsas provas da existência de Jesus criadas pela Igreja

Na época de Jesus viveram 40 historiadores diferentes, e nenhum deles jamais menciona a existência dele.

Fora da Bíblia, só existem 4 citações sobre Jesus feitas por escritores da antiguidade, todas elas falsificações criadas pela Igreja.

As 4 citações são de Josephus, Plinio, Tacitus e Suetonius.

Josephus escreveu vários livros, porém neles existem somente 2 parágrafos sobre Jesus. Os parágrafos estão fora do contexto, ou seja, não fazem sentido. Acredita-se que o Bispo Eusébio adicionou as frases ao texto de Josephus.

Plinio supostamente escreveu uma carta para Trajano descrevendo Jesus, mas já se provou que a carta é falsa.

Tacitus viveu no ano 200 D.C., portanto não podia ter conhecido Jesus pessoalmente e o seu livro também foi alterado.

O historiador Suetonius se refere a alguém chamado Chrestus, que viveu em Roma e era mencionado por escravos libertos.

Referencia: http://www.truthbeknown.com/origins2.htm

terça-feira, 23 de outubro de 2007

O kit de detecção de mentiras

O famoso físico cético americano Carl Sagan escreveu uma obra importante sobre o ceticismo chamada "O mundo assombrado pelos demônios" - editora Companhia das Letras. Nesta obra, o capítulo 12 intitulado "A arte refinada de detectar mentiras" é dedicado a métodos para desmascarar charlatanices em geral. Abaixo faço um resumo do que ele apresenta.

Ferramentas que devemos usar:

- Tentar obter confirmações independentes dos fatos apresentados.

- Fazer debate sobre evidências com representantes de todos os pontos de vista.

- Não confiar puramente na opinião de "autoridades".

- Considerar mais de uma hipótese de explicação, pensar em testes para invalidar cada hipótese; a hipótese que sobreviver aos testes é a mais provável de ser verdadeira.

- Não ficar ligado a uma hipótese somente porque foi sua idéia. Aproveite e verifique porquê você gosta dessa hipótese.

- Quantificar e comparar. O que é somente qualitativo é susceptível a muitas explicações.

- Se há uma cadeia de argumentos, todos devem funcionar, inclusive a premissa.

- A navalha de Occam: Escolha a mais simples de duas hipóteses que explique os dados com a mesma eficiência.

- Pergunte se a hipótese poderia ser, pelo menos em princípio, falseada.

- Experimentos de controle também são essenciais, por exemplo os placebos.

- As variáveis de teste devem ser separadas. Se você tomar 2 remédios para enjôo e melhorar, como saberá se ambos funcionaram e em quais proporções?

- Usar o método duplo-cego: a veracidade pode ser comprometida se você tem interesse que algo seja provado, você pode influenciar no resultado mesmo incoscientemente.

Agora veja onde não devemos tropeçar - a lista das falácias (erros de argumentação, mentiras ou "métodos avançados de advocacia picareta") mais comuns da lógica e da retórica :

- Ad hominem. Ocorre quando atacamos o argumentador e não o argumento.

- Argumento de autoridade: confiar cegamente na opinião de autoridades.

- Argumento das consequências adversas. Por exemplo: "Deve existir um Deus que confere castigo e recompensa, porque se não existisse, a sociedade seria muito mais desordenada e perigosa". Como saber?

- Apelo à ignorância: afirmação de que qualquer coisa que não se provou como falsa deve ser verdade e vice-versa.

- Alegação especial. Exemplo: "Como um Deus misericordioso castigou todas as gerações porque Adão comeu uma fruta? - Alegação especial: Você não compreende a doutrina sutil do livre-arbítrio".

- Petição de princípio. Por exemplo: "A bolsa de valores caiu por causa de realização de lucro." Parte-se do princípio que a realização de lucro sempre faça a bolsa cair?

- Seleção das observações. Como o filósofo Francis Bacon disse: contar os acertos e esquecer os fracassos.

- Estatística dos números pequenos. "Dizem que 1 em cada 5 pessoas no mundo é chinesa, mas eu conheço centenas de pessoas e nenhuma é chinesa."

- Compreensão errônea da estatística. "O presidente ficou surpreso ao descobrir que metade das pessoas têm inteligência abaixo da média."

- Incoerência. Por exemplo: Adimitir razoável que o Universo possa existir para sempre no futuro mas absurdo que tenha tido duração infinita no passado.

- Non sequitur - ou "não se segue". Exemplo: "Nosso time vencerá porque Deus é grande". O pior é que todos os times pensam a mesma coisa.

- Post hoc, ergo propter hoc - significa "Se aconteceu depois de um fato, logo foi por ele causado".

- Pergunta sem sentido. Por exemplo "O que acontece se uma força irresistível encontra um objeto imóvel?"

- Exclusão do meio termo. Por exemplo "Ame seu país ou deixe-o."

- Curto-prazo contra longo-prazo. Por exemplo: "Porque investir em ciência se temos pessoas passando fome?".

- Declive escorregadio com exclusão do meio-termo. Exemplo: "Se permitirmos o aborto nas primeiras semanas de gravidez será impossível impedir o assassinato de um bebê no final da gravidez."

- Confusão de correlação e causa.

- Caricaturar uma posição para facilitar o ataque.

- Evidência suprimida ou meia-verdade. Exemplo: Profecias apresentadas depois que aconteceu.

- Palavras equívocas. Por exemplo: políticos trocam os nomes de instituições que com seus nomes antigos se tornaram odiosas para o público.

sábado, 20 de outubro de 2007

A história do Doutor Fritz

A história começou com o "médium Zé Arigó" (1918–1971), que no início dos anos 50 dizia que incorporava o espírito de um médico da primeira guerra mundial chamado Fritz, cuja biografia nunca foi provada. Arigó se tornou famoso pela "cirurgias espirituais", mas o seu principal interesse era forncer clientes para o seu irmão farmacêutico. Durante incorporação ele escrevia "receitas" médicas que só podiam ser lidas pelo seu irmão, dono de farmácia. A sua fama aumentou quando ele "removeu" um câncer do pulmão de um senador. Apesar da fama, ele foi preso duas vezes por praticar medicina ilegalmente.Ele fazia as cirurgias com um canivete comum e utilizava o sotaque alemão para distrair as pessoas por não fazer as assepsias médicas.

Arigó morreu em um acidente de carro em 1971, mas o doutor Fritz não foi com ele. Ele passou a "baixar" em um médium conhecido como Oscar Wilde, que morreu pouco tempo depois também de forma violenta. Em seguida um médico ginecologista do Recife chamado Edson Queiroz passou a incorporá-lo. O dr. Edson foi esfaqueado e morreu em 1991. Ele também teve seu registro profissional cassado.

Atualmente o engenheiro Rubens Farias Jr. incorpora o dr. Fritz, que utiliza tesouras para fazer as cirurgias. É interessante notar que ele passou a incorporá-lo em 1986, ao mesmo tempo em que Edson Queiroz ainda incorporava. Os espíritas se justificam dizendo que como um espírito não ocupa espaço, ele pode estar em vários lugares ao mesmo tempo. Rubens já foi acusado várias vezes de praticar medicina ilegalmente, porém ainda tem muitos seguidores. Em 27 de maio de 2000 o "Jornal da Tarde" publicou que "O juiz presidente do 1º Tribunal do Júri, José Ruy Borges, recebeu ontem denúncia do promotor Fernando Pastorelo Kfouri contra o médium Rubens de Faria Júnior, que diz incorporar o espírito do "Dr. Fritz", e decretou sua prisão preventiva. O promotor acusa Faria, que está foragido e envolvido em outros inquéritos, de ter antecipado a morte de Vanessa de Biafi, que sofria de leucemia. A vítima foi convencida pelo médium a abandonar tratamento médico no Hospital das Clínicas, com a promessa de "cura miraculosa" em suas sessões."


fonte: http://www.csicop.org/si/2004-07/hoaxes.html
http://www.cacp.org.br/espiritismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=1135&menu=5&submenu=1

O que é violência simbólica?

O assunto que apresento hoje é uma contribuição de uma grande amiga, a psicóloga Valéria Melki Busin, que está escrevendo uma dissertação sobre o assunto cujo título é Homossexualidade, religião e gênero: a influência da religião católica na construção da auto-imagem das e dos homossexuais.

A violência pode ser classificada pelo tipo de manifestação como sendo física, sexual, psicológica e simbólica.

É importante diferenciarmos a violência psicológica da violência simbólica. A violência psicológica é caracterizada pela tentativa de degradar ou controlar outra pessoa por meio de condutas de intimidação, manipulação, ameaça, humilhação e isolamento ou qualquer conduta que prejudique a saúde psicológica, autodeterminação ou desenvolvimento de uma pessoa. Não é necessário mencionar que as religiões se utilizam de todos esses métodos citados acima para manipular as pessoas. Mas existe mais um mecanismo, diferente dos acima citados e mais elaborado: a violência simbólica.

A violência simbólica se baseia na fabricação de crenças no processo de socialização, que induzem o indivíduo a se enxergar e a avaliar o mundo de acordo com critérios e padrões definidos por alguém. Trata-se da construção de crenças coletivas e faz parte do discurso dominante.

Como exemplo de violência simbólica fomentados pela religião podemos citar o machismo (pois a mulher entregou a maçã a Adão), o preconceito contra homossexuais (Sodoma e Gomorra), o texto do catecismo católico sobre homossexualidade (que a classifica como intrisecamente desordenada), racismo (Cain gerou o povo que vivia nas tendas), a reiterada aclamação da família pai-mãe-filhos como a única legítima pela hierarquia católica, a sentença do juiz de MG contra a lei Maria da Penha e assim por diante.