quarta-feira, 21 de agosto de 2013

As revelações de um Ateu Yogi



Em 2006 eu comecei a sentir dores nas costas. Passei por ortopedistas, neurologistas, massagistas, fisioterapeutas e até tentei auto-massagem. Conseguia um alívio às vezes porém durava pouco. Os anos foram se passando e as dores foram piorando. Em 2011 fui a um chiroprata, apesar do ceticismo. A massagem que ele fazia era a mais eficaz de todas as outras que eu tentei, porém o alívio durava 2 semanas no máximo. Depois de algumas sessões ele me disse que eu poderia conseguir a cura se eu praticasse yoga, mas isso poderia levar um certo tempo. 

Resolvi acreditar nele, já que ele era o único que conseguia algum efeito. Comecei a praticar em casa baseado em um livro de Hatha, pois eu percebi que as aulas seriam muito difícies para mim. Fui sentindo um alívio lento, mas progressivo. Os exercícios físicos fortaleceram os meus músculos e mudaram a minha postura; os exercícios de respiração ajudaram a relaxar. Após 1 ano evoluí a ponto de poder começar a frequentar as aulas do estilo Jivamukti. As dores diminuíram cada vez mais. Percebi que a medicina e as empresas farmacêuticas certamente não tinham interesse em buscar a cura para o meu problema, afinal ele seria uma eterna fonte de lucro para massagistas e vendedores de analgésicos. Pela primeira vez me decepcionei com a medicina alopática. 

Um dia em meados de 2012 após a aula quando eu estava na postura final Shavassana (deitado descansando) eu comecei a ter uma alucinação. Não era sonho, pois eu estava acordado, mas com os olhos fechados já fazia entre 5 a 10 minutos. Eu vi uma luz violeta pulsante. Inicialmente achei que era só vista cansada. Mas a luz voltou a aparecer em outras ocasiões durante Shavassana e depois passou a girar e se transformar em figuras geométricas e outras visões. Comecei a achar divertido, curioso mas também chocante. Pensei que se alguém me questionasse eu não teria como provar o que eu estava vendo. Ou podeira ser chamado de esquizofrênico. Então preferi ficar calado. Por vezes as visões foram úteis, encontrei soluções para problemas que eu precisava resolver no meu trabalho, que surgiam de forma espontânea. Algumas vezes também ouvi músicas que eu nunca tinha ouvido antes. 

Comecei a pesquisar para poder entender melhor o que estava acontecendo comigo. Descobri que o nome disso é efeito Ganzfeld, e é muito estudado em parapsicologia. Também descobri que as visões que eu tenho são mesmo parecidas com as visões de quem usa LSD ou outras drogas alucinógenas, porém de forma mais fraca. Eu nunca experimentei, mas digo isso de acordo com relatos de quem provou. O meu professor de yoga não soube me explicar como isso acontecia. Passei a estudar um método de yoga avançado para poder me aprofundar, a partir do site www.aypsite.org 

Seguindo o site comecei a praticar meditação diariamente e passei a ter as visões durante a meditação. Percebi que me tornei muito menos estressado e meu relacionamentos sociais também melhoraram. Passei a observar as pessoas, os animais e a natureza em geral de uma forma mais profunda. Voltei a estudar os fractais que eu tinha aprendido na faculdade e passei a encontrá-los em diversos lugares, pois eu via-os na meditação. Então me deparei com livros de Aldous Huxley, Terence Mckenna, Stanislav Grof e Edward F. Kelly. 

Ao lê-los ficou claro para mim que existem muitas coisas que a medicina e outras ciências parecem ignorar, da mesma forma que ignoraram a minha dor nas costas, simplesmente porquê não conseguem explicar ou porquê não acham lucrativo. E é aí que está o erro, pois nessas coisas sem explicação é que a ciência pode dar novos grandes saltos, em vez de evoluir em passinhos pequenos.

Mas quero deixar claro que continuo não acreditando em divindades de qualquer procedência!

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