terça-feira, 5 de junho de 2007
Cronologia da invenção do Cristianismo
Como já mencionado em posts anteriores, o mito do filho de Deus que salva os homens por meio de um sacrifício é bem anterior ao Cristianismo e encontrado em várias culturas, muitas vezes associado ao deus sol. A idéia deste post é elencar as outras ocorrências recentes e anteriores ao cristianismo e que contribuiram para a sua criação.
400 A.C. - Platão, discípulo de Sócrates, escreve sobre o mundo das idéias (mundo espiritual onde tudo é perfeito) na "Alegoria da Caverna", no seu livro "A República".
300 A.C. - Inspirados na obra anterior, os filósofos Cínicos da Grécia criam o conceito de que a virtude é mais importante que o prazer. Alexandre o Grande inicia suas conquistas e espalha pelo mundo antigo a filosofia grega.
200 A.C. - Por sua vez os filósofos Estóicos defendem que a virtude, a razão e as leis naturais são o caminho para controlar as emoções e atingir a paz espiritual. Eles defendem não só as crenças, mas todo um estilo de vida ASCÉTICO. Este é o estilo de vida de quem deixa os bens materiais para se dedicar a estudar a espiritualidade.
20 A.C. a 50 D.C. - Philon de Alexandria (ou Fílon), filósofo judeu e grego nascido no Egito, escreve sobre como o Judaísmo deveria se mesclar como a filosofia Grega, partindo do Estoicismo. Curiosamente, este homem que vivieu exatamente na mesma época que Jesus jamais menciona a existência dele. Philon demonstra como os povos antigos já discutiam as filosofias dos povos vizinhos e tentavam criar sincretismo religioso.
10 D.C. - Philon descreve os Terapeutas (Therapeutae), grupo que vivia no Egito de modo ASCÉTICO no deserto, de forma casta e simples e se consideravam os "médicos das almas". Abandonavam as posses e passavam os dias lendo as escrituras. Exatamente o estilo de vida que a Bíblia fala que Jesus tinha. Semelhante a este grupo, surgiu na Judéia o grupo dos Essênios.
40 D.C - São Paulo de Tarso escreve "Epístola aos Romanos", o livro mais antigo do Novo Testamento. Ele fala de visões que ele tem do filho de Deus que é sacrificado para salvar os homens no mundo espiritual. Em nenhum momento ele menciona a existência física de Jesus. Supostamente Pedro também tinha essas visões, mas não deixou nada escrito sobre elas. Eles eram os "médiuns" da antiguidade.
41-54 D.C. - O Império Romano invade a Judéia durante o reinado de Claudio. Os Judeus ficam horrorizados com a forma que os Romanos adoram a um homem, o imperador, como um deus. Os Judeus devem ter começado a se perguntar onde estaria o "Messias" que os salvaria, prometido há tanto tempo pelo profeta Daniel. Os judeus começam a diáspora, ou seja, começam a se espalhar pelo mundo.
70 D.C. - Marcos escreve o primeiro Evangelho. Basicamente ele pegou as visões de Paulo e criou um personagem de vida ASCÉTICA ao qual ele chamou de Jesus Cristo, que teria vivido anos antes. Uma boa maneira de se aproveitar dos judeus que se distanciavam de sua terra natal, sempre esperaram por um salvador e estavam insatisfeitos com sua religião do deus Jeovah, que não fez nada para impedir os romanos de invadirem sua terra.
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