quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Quem é Dyeus? A Religião Proto-Indo-Européia

O estudo dos mitos na europa começou na Grécia antiga, com Platão interessado nos conceitos filosóficos e simbólicos. Durante a idade média o Cristianismo proibiu estes estudos, que só foram retomados no Renascimento. A análise científica dos mitos começou no meio do século 19. Havia duas escolas nesse período, a sol-lua na qual os deuses eram simbolos vindos de fenômenos meteorológicos e a escola cultural antropológica que combatia a primeira e se concentrava no estudo das tribos da américa do sul, áfrica equatorial e oceania.

As pesquisasa da chamada escola sol-lua são muito mais consideradas atualmente pois os estudiosos usaram um método comparativo-histórico. O método foi emprestado do estudo de linguística Indo-Européia. Deste estudo surge o conceito da chamada religião Proto-Indo-Européia, de um suposto povo que viveu ao redor de 4000 A.C (idade do Cobre) onde hoje fica a Ucrânia.

O pesquisador Julius Pokorny nos apresenta o personagem Dyeus, que é o deus do céu, do dia, com uma posição que representa o patriarcado. Etimologicamente ele é conectado, ou seja, gerou os seguinte outros deuses:

O Grego "Zeus Pater"
O Romano "Iuppiter"
O Irlandês "The Dagda"
O Gallo-Romano "Dis Pater"
O Védico "Dyaus Pitār"
Possivelmente Dionysos, e o Frigio Sabazios (Saba Zeus?)

À partir de Dyeus, mais especificamente enraizados à partir língua latina temos o grupo da palavra "deiwos". Ela foi mantida na mitologia Inglesa, como deity, e o original Germanico ainda é visível em Tuesday (originalmente "Day of Tiwaz").

grupo Deiwos:

O Germanico "Tiwaz" (depois conhecido como Tyr)
O Latino "Deus"
O Baltico "Dievas"
O Eslavo "Div"

Além do deus do Céus, existem também outras personagens mitológicas que se repetem, como o deus do trovão, da terra, o herói cultural e a grande deusa.

domingo, 2 de setembro de 2007

A relação entre o espiritismo e a maçonaria

Recebi algumas perguntas de leitores curiosos sobre a relação entre o espiritismo e a maçonaria.

Segundo o livro "Maçonaria e Espiritismo: Encontros e Desencontros" da editora Madras, ainda não foi encontrado o registro de Kardec nas lojas francesas, mas é certa a influência que o maçon Franz Mesmer teve sobre Kardec. Allan Kardec foi um discípulo dele. Além disso, Kardec usa termos maçons em suas obras como "arquiteto" para se referenciar a deus, pedra angular, prumo, etc.

Mesmer é o criador do termo "magnetismo animal", parte fundamental da teoria kardecista. Ele era formado em medicina pela universidade de Vienna. No ano de 1774 ele diz ter produzido uma onda magnética artificial em uma paciente. Ele fez a mulher engolir um preparado de ferro e passou ímãs no corpo dela. A mulher disse sentir ondas percorrendo seu corpo e melhorou da doença. Mesmer acreditou que não foram os ímãs, mas o seu próprio magnetismo animal que curou a mulher.

Após ter falhado na cura de uma cega em Vienna, ele mudou-se para Paris. Abriu uma clínica e "curava" os paciente fazendo os "passes magnéticos", tão comuns nos centros kardecistas brasileiros. Como ficou famoso, passou a utilizar uma banheira cheia de água magnetizada com bastões de ferro que saíam dela para "curar" vários pacientes de uma só vez. Veja a banheira na ilustração abaixo.


No ano de 1784 o rei Luiz XVI nomeou uma comissão de cientistas para estudar o fluido do magnetismo animal que Mesmer usava. A comissão incluia o grande químico Lavoisier; o físico Guillotin inventor da guilhotina e até o cientista maçon Benjamin Franklin, aquele da pipa e o raio. A comissão logo descobriu que o fluido não existia, e que os benefícios dos tratamento eram devidos à imaginação. Novamente desmascarado, Mesmer saiu de Paris e voltou para Vienna. O que ele fez depois disso é desconhecido.

Exemplos esdrúxulos de religiosidade

Prezados leitores,
Eu fico triste quando pessoas de alto nível de instrução não conseguem usar sua inteligência reflexiva para questionar crendices. Isso demonstra que a inteligência abstrata nem sempre é suficiente... A inteligência reflexiva, questionadora, é que faz a gente se superar, é a que nos leva aos mais altos níveis de compreensão do mundo. E ela deve ser usada sempre, em todas as situações, não só quando se fala de religião.
Para os meus queridos colegas que ainda não conseguiram fazer a reflexão, seguem os exemplos esdrúxulos. As invenções religiosas ficam bem mais fáceis de serem reconhecidas quando o inventor não tem muita finesse na filosofia. E mesmo assim conseguem enganar os mais inocentes.


Profeta Luiz Claudio


Pastor Lucio Hermano


Pai Ambrósio, joga tudo.


A Garrafada panacéia.


Carlos Magalhães, o salvador do Planeta.