domingo, 2 de setembro de 2007

A relação entre o espiritismo e a maçonaria

Recebi algumas perguntas de leitores curiosos sobre a relação entre o espiritismo e a maçonaria.

Segundo o livro "Maçonaria e Espiritismo: Encontros e Desencontros" da editora Madras, ainda não foi encontrado o registro de Kardec nas lojas francesas, mas é certa a influência que o maçon Franz Mesmer teve sobre Kardec. Allan Kardec foi um discípulo dele. Além disso, Kardec usa termos maçons em suas obras como "arquiteto" para se referenciar a deus, pedra angular, prumo, etc.

Mesmer é o criador do termo "magnetismo animal", parte fundamental da teoria kardecista. Ele era formado em medicina pela universidade de Vienna. No ano de 1774 ele diz ter produzido uma onda magnética artificial em uma paciente. Ele fez a mulher engolir um preparado de ferro e passou ímãs no corpo dela. A mulher disse sentir ondas percorrendo seu corpo e melhorou da doença. Mesmer acreditou que não foram os ímãs, mas o seu próprio magnetismo animal que curou a mulher.

Após ter falhado na cura de uma cega em Vienna, ele mudou-se para Paris. Abriu uma clínica e "curava" os paciente fazendo os "passes magnéticos", tão comuns nos centros kardecistas brasileiros. Como ficou famoso, passou a utilizar uma banheira cheia de água magnetizada com bastões de ferro que saíam dela para "curar" vários pacientes de uma só vez. Veja a banheira na ilustração abaixo.


No ano de 1784 o rei Luiz XVI nomeou uma comissão de cientistas para estudar o fluido do magnetismo animal que Mesmer usava. A comissão incluia o grande químico Lavoisier; o físico Guillotin inventor da guilhotina e até o cientista maçon Benjamin Franklin, aquele da pipa e o raio. A comissão logo descobriu que o fluido não existia, e que os benefícios dos tratamento eram devidos à imaginação. Novamente desmascarado, Mesmer saiu de Paris e voltou para Vienna. O que ele fez depois disso é desconhecido.

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