O estudo dos mitos na europa começou na Grécia antiga, com Platão interessado nos conceitos filosóficos e simbólicos. Durante a idade média o Cristianismo proibiu estes estudos, que só foram retomados no Renascimento. A análise científica dos mitos começou no meio do século 19. Havia duas escolas nesse período, a sol-lua na qual os deuses eram simbolos vindos de fenômenos meteorológicos e a escola cultural antropológica que combatia a primeira e se concentrava no estudo das tribos da américa do sul, áfrica equatorial e oceania.
As pesquisasa da chamada escola sol-lua são muito mais consideradas atualmente pois os estudiosos usaram um método comparativo-histórico. O método foi emprestado do estudo de linguística Indo-Européia. Deste estudo surge o conceito da chamada religião Proto-Indo-Européia, de um suposto povo que viveu ao redor de 4000 A.C (idade do Cobre) onde hoje fica a Ucrânia.
O pesquisador Julius Pokorny nos apresenta o personagem Dyeus, que é o deus do céu, do dia, com uma posição que representa o patriarcado. Etimologicamente ele é conectado, ou seja, gerou os seguinte outros deuses:
O Grego "Zeus Pater"
O Romano "Iuppiter"
O Irlandês "The Dagda"
O Gallo-Romano "Dis Pater"
O Védico "Dyaus Pitār"
Possivelmente Dionysos, e o Frigio Sabazios (Saba Zeus?)
À partir de Dyeus, mais especificamente enraizados à partir língua latina temos o grupo da palavra "deiwos". Ela foi mantida na mitologia Inglesa, como deity, e o original Germanico ainda é visível em Tuesday (originalmente "Day of Tiwaz").
grupo Deiwos:
O Germanico "Tiwaz" (depois conhecido como Tyr)
O Latino "Deus"
O Baltico "Dievas"
O Eslavo "Div"
Além do deus do Céus, existem também outras personagens mitológicas que se repetem, como o deus do trovão, da terra, o herói cultural e a grande deusa.
Um comentário:
Pelo que sei o termo "dyeus" tem forte ligação com o termo "EL" (antiguíssimo), encontrado nos textos ugaríticos da cidade de Ugarit, sendo esse termo "EL" introduzido na tradução Septuaginta por volta do quarto século a.c., posteriormente esse termo "EL" foi diretamente relacionado com "dyeus", "deus", "zeus", etc... (no grego e no latim). Conclui-se então que o YHWH dos antigos hebreus foi ocultado com esses termos, primordialmente com "EL", divindade do panteão semítico. Dois fatos propiciaram isso, um foi o código da mechiná (dos hebreus) que proibia o usar do nome YHWH, outro foi o helenismo (iniciado com Alexandre), que visava expandir a cultura grega, levando também um dos livros mais "impressionantes" do mundo antigo a ser relacionado com suas divindades, em especial com Zeus, desvinculando YHWH (dos hebreus) do tanakh e associando-o a Zeus, o ídolo mor grego. Manobra essa digna de aplausos, visto que hoje o tanakh é comumente associado pelas pessoas à 'deus' cognato de 'zeus'(do gregos) e não a YHWH dos hebreus. Grato pelo espaço destinado a comentários.
Postar um comentário