O assunto que apresento hoje é uma contribuição de uma grande amiga, a psicóloga Valéria Melki Busin, que está escrevendo uma dissertação sobre o assunto cujo título é Homossexualidade, religião e gênero: a influência da religião católica na construção da auto-imagem das e dos homossexuais.
A violência pode ser classificada pelo tipo de manifestação como sendo física, sexual, psicológica e simbólica.
É importante diferenciarmos a violência psicológica da violência simbólica. A violência psicológica é caracterizada pela tentativa de degradar ou controlar outra pessoa por meio de condutas de intimidação, manipulação, ameaça, humilhação e isolamento ou qualquer conduta que prejudique a saúde psicológica, autodeterminação ou desenvolvimento de uma pessoa. Não é necessário mencionar que as religiões se utilizam de todos esses métodos citados acima para manipular as pessoas. Mas existe mais um mecanismo, diferente dos acima citados e mais elaborado: a violência simbólica.
A violência simbólica se baseia na fabricação de crenças no processo de socialização, que induzem o indivíduo a se enxergar e a avaliar o mundo de acordo com critérios e padrões definidos por alguém. Trata-se da construção de crenças coletivas e faz parte do discurso dominante.
Como exemplo de violência simbólica fomentados pela religião podemos citar o machismo (pois a mulher entregou a maçã a Adão), o preconceito contra homossexuais (Sodoma e Gomorra), o texto do catecismo católico sobre homossexualidade (que a classifica como intrisecamente desordenada), racismo (Cain gerou o povo que vivia nas tendas), a reiterada aclamação da família pai-mãe-filhos como a única legítima pela hierarquia católica, a sentença do juiz de MG contra a lei Maria da Penha e assim por diante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário